O conhecido ator brasileiro Nelson Xavier morreu nesta madrugada aos 75 anos, em Uberlândia, em Minas Gerais, na sequência de um cancro.
O ator nasceu em São Paulo em 1941 e tinha uma carreira de cinco décadas na televisão, cinema e no teatro.
O ator integrou o Teatro de Arena, os Seminários de Dramaturgia e o MCP (Movimento de Cultura Popular do Recife) e, na década de 60, destacou-se como ator em encenações dos textos de Plínio Marcos.
No inicio da sua carreira, participou em peças como “Eles não usam Black-tie” em 1958, de Gianfrancesco Guarnieri, e “Chapetuba Futebol Clube” em 1959, onde criou o papel de Maranhão, de Oduvaldo Vianna Filho.
No Recife, em 1962, participou das actividades do MCP, para a qual fez a sua primeira peça “Julgamentos em Novo Sol”, e criou um seminário de dramaturgia, inserindo assim o teatro em cursos de alfabetização, debates comunitários e comícios políticos.
Começou a fazer cinema a partir da década de 60, após a sede da UNE, onde fazia ensaios periódicos para uma peça, se ter incendiado após o golpe militar de 31 de Março de 1964, e com as dificuldades que foram impostas ao teatro politico pela censura.
Trabalhou com realizadores como Domingos de Oliveira, Ruy Guerra e Bruno Barreto, para alem de ter integrado o elenco de filmes como “Dona Flor e seus Dois Maridos” em 1976, de Bruno Barreto e a “A Queda” em 1978, de Ruy Guerra, filme que lhe rendeu o prémio Urso de Prata no Festival de Berlim.
Em 2010 conseguiu ganhar notoriedade a protagonizar a cinebiografia sobre Chico Xavier, num filme de Daniel Filho.
Em 2016 foi premiado como o melhor ator no Festival do Rio 2016.
Nelson Xavier deixa mulher e quatro filhos. Tereza Villela Xavier, uma das filhas do ator, lamentou a morte do pai nas redes sociais.