Independentemente do que é dito pelas autoridades, a verdade é que, os pontos negros da sinistralidade rodoviária portuguesa, raramente ocorrem no sítios onde as autoridades fiscalizam o excesso de velocidade.
Quer isto dizer, que normalmente os radares não se encontram nos locais onde há mais sinistralidade, mas sim em locais onde há mais tendência para haver excessos de velocidade.
Para além de que, na maioria dos casos, os radares estão quase sempre em sítios escondidos. E a prova está nos números.
Ou seja, nos últimos dois anos, a sinistralidade manteve-se praticamente com os mesmos valores, mas o número de condutores multados por excesso de velocidade aumentou cerca de 30 por cento. O que significou um encaixe de uns meros 90 milhões de euros para o bolso do Estado.
Os radares não deviam era estar nos locais com mais sinistralidade para se tentar combater? Ou será que estou enganada?