O cancro é uma das doenças que mais mata e que nos tem assombrado desde há décadas. Mas ao que parece, pode ter os dias contados, se os resultados obtidos pelos cientistas de um centro de investigação norte-americano, o Houston Methodist Research Institute, vierem a ter o mesmo sucesso em humanos como tiveram nos ratos.
Para quem não sabe, o cancro metastático ocorre quando o tumor se espalha para outros órgãos. Aqui os pacientes passam a ter uma esperança de vida entre 6 e 24 meses, em média. Ao que parece, as conclusões preliminares do trabalho efectuado por esta equipa de cientistas, liderada por Mauro Ferrari, vem a aumentar essa esperança de vida, se fizer nos humanos o mesmo que fez nos ratos.
Ou seja, metade dos ratos com cancro do pulmão metastático em fase terminal foi submetida ao tratamento, enquanto que a outra metade manteve a medicação convencional. Estes últimos morreram e os primeiros permaneceram vivos durante mais 8 meses, o que em termos humanos representa mais 24 anos de vida.
Como funciona este novo método
Até pode parecer saído de um filme de ficção cientifica, mas esta descoberta não deixa de ser uma revolução. Inventaram um método que permite a nanoparticulas penetrarem dentro do cancro e libertar o medicamento directamente nas células. Com este novo método de injecção de nanoparticulas consegui-se alcançar aquilo que a quimioterapia, as vacinas e a radioterapia falharam.
Ou seja, este método camufla uma substancia, chamada doxorrubicina, em cápsula minúsculas de silicone. Este silicone “esconde” o medicamento do cancro, permitindo-lhe chegar às células. Assim que chegam às células, a cápsula arrebenta e o medicamento é libertado matando a célula cancerígena.
Isto faz com que o cancro deixe de ser uma sentença de morte. Contudo, ainda falta saber como vai funcionar na pratica em humanos.
É uma questão de esperar para ver e rezar para que tudo dê certo.